O cigarro eletrônico, também conhecido como vape, vaper, podsystem ou vaporizador, tem ganhado popularidade de forma dramática nos últimos anos. Inicialmente promovido como uma alternativa mais segura ao tabaco convencional, o uso de vapes se espalhou rapidamente, especialmente entre adolescentes e a população urbana de alta renda. No entanto, um estudo recente revela que os riscos à saúde associados ao cigarro eletrônico são significativos e devem ser considerados com seriedade.
Perigos do Vape, o Cigarro Eletrônico
Primeiramente, é importante entender os perigos reais do uso de cigarros eletrônicos. De acordo com a análise de 28 estudos publicados, o uso de vapes pode causar uma série de problemas de saúde. Entre os efeitos observados estão náusea, vômito, dor de cabeça, tontura, sufocamento, queimaduras, irritação no trato respiratório superior, tosse seca, ressecamento dos olhos e membranas mucosas.
Além disso, o uso de vaporizadores pode levar à liberação de citocinas e mediadores pró-inflamatórios, inflamação alérgica das vias aéreas, diminuição da síntese de óxido nítrico exalado (FeNO) nos pulmões, mudanças na expressão gênica brônquica e aumento do risco de câncer de pulmão.
A Confusão Pública
Embora os cigarros eletrônicos sejam frequentemente promovidos como uma alternativa segura ao tabaco convencional, a realidade é bem diferente. Conforme o estudo aponta, os vapes não são produtos de cessação do tabagismo. Sendo assim, as alegações não científicas têm gerado uma confusão na percepção pública, fazendo muitas pessoas acreditarem que os cigarros eletrônicos são seguros e menos viciantes.
No entanto, o uso de vapes é perigoso e pode ser tão prejudicial quanto os cigarros tradicionais.
Regulamentação Necessária
Desta forma, é crucial que os cigarros eletrônicos sejam regulamentados de maneira semelhante aos cigarros tradicionais. Isso inclui a proibição de seu uso por crianças e adolescentes. A falta de regulamentação adequada pode levar a um aumento nos problemas de saúde relacionados ao uso de vapes, especialmente entre os jovens.
Entretanto, por mais que não tenha sido expressamente divulgada, a Anvisa publicou uma resolução que, além de proibir a comercialização, importação, armazenamento, transporte e propaganda dos DEF, reforça a proibição de seu uso em recintos coletivos fechados, tanto públicos quanto privados.
Conclusão
Conforme os dados apresentados no estudo, é evidente que o uso de cigarros eletrônicos apresenta riscos significativos à saúde. Embora sejam promovidos como uma alternativa ao tabaco convencional, os vapes não são uma solução segura. É essencial que haja uma regulamentação rigorosa para proteger a saúde pública, especialmente a das populações mais vulneráveis. Portanto, é fundamental conscientizar a sociedade sobre os verdadeiros riscos associados ao uso de cigarros eletrônicos e tomar medidas para limitar seu uso.
Perguntas Frequentes
Quais os riscos de fumar vape?
Pesquisadores observaram efeitos cardiovasculares de curto prazo em humanos após o uso de cigarros eletrônicos com nicotina, como aumento da frequência cardíaca e rigidez arterial. No entanto, não puderam concluir se o vaping causará doenças cardiovasculares a longo prazo.
Quantos cigarros equivalem a um vape?
Cada pod de cigarro eletrônico no formato de pen drive contém 0,7 mililitro (ml) de e-líquido com nicotina, permitindo cerca de 200 tragadas. Isso é equivalente ao número de tragadas de 20 cigarros convencionais. Portanto, pode-se afirmar que vaporizar um pod equivale a fumar um maço de 20 cigarros.
Vape causa câncer?
O cigarro eletrônico contém mais de duas mil substâncias, muitas das quais são tóxicas e cancerígenas, como glicerol, propilenoglicol, formaldeído, acetaldeído, acroleína e acetona.